Como é possível um local tão conhecido, ainda, surpreender. Isso é viajar, podemos repetir o destino, mas não a viagem... O meu reencontro com Londres foi assim. A cidade cinza que povoava a minha memória se encheu de graça e luz nesse novembro.
Cheguei preparada, com um guarda-chuva nas mãos, e o sol reinava na capital do Reino Unido. Já estava frio, mas com o calor do sol e o pouco vento, a temperatura era agradável. Faziam 4 anos, desde que eu passei uma temporada de 6 meses em Londres estudando inglês e fotografia.
Naquela época, Londres para mim era mais fria, cinza e úmida. Dessa vez desci do avião e fui direto encontrar minha grande amiga, a Camila, que mora por lá agora. O sol e o nosso caloroso abraço de reencontro já deixou o clima bastante alegre.
Era quinta-feira e fomos para o bairro do Soho, numa casa de Jazz chamada Ronnie & Scotts. Estava cheia, com banda ao vivo e o público dançando de parzinhos na pista, muito divertido, uma viagem no tempo. Mas acabou cedo, e a meia-noite, com toda animação da chegada, partimos para outro lugar, uma balada chamada Whisky Mis, com música pop e menos animação na pista, mas a companhia estava valendo muito a pena...
No dia seguinte, acordei com a Camila, ela foi trabalhar e eu fui passear pelos meus lugares preferidos. Andei na Portobello Road, fui para o Hyde Park e depois ao Tate Modern, onde estava tendo uma exposição fantástica do Gerhard Richter.
A noite estava cansada, mas, mesmo assim, fomos num pub perto da casa da minha amiga, em Putney, o Citizen Smith. Estava cheio e não de turistas, de pessoas locais, bebendo suas pints e dançando bastante.
No sábado fomos conhecer o Richmond Park, um dos maiores de Londres, parece uma fazenda, com lagos e diversos animais. Tentamos fazer umas comprinhas na Oxford Street, que estava abarrotada de gente e fomos para o Hyde Park. Tinha um festival de inverno no parque, incrível, montaram um parque de diversões, pubs e lojinhas.
Como era sábado, dia oficial de sair, não dispensamos a balada e fomos com uns amigos para a Tramp, em Mayfair. É um clube noturno para sócios, muito bonito e elegante, que existe há 40 anos... Estava com uma decoração natalina, clássica, combinando com o ambiente da casa. Lotada de gente, difícil de caminhar e dançar na pista, não é o meu tipo de balada, mas foi muito interessante de conhecer.
O domingo amanheceu com muito neblina, assim como a minha cabeça e o meu corpo. Ficamos mais tranquilinhas e a noite, tive o privilégio de ver a minha amiga, cantando musicas brasileiras, em um pub, o Slung and Lettuce,. Foi a melhor despedida. Dessa vez fui embora já com muita vontade de voltar...